Ele apareceu, como um anjo que desce lentamente do seu Paraíso para se misturar no confuso Mundo dos mortais.
Observou-me, confortou-me, pediu para eu não chorar mais, e eu nem me apercebi de que ele era mesmo um anjo... Como é que é possível não ter reparado naquela aura tão brilhante, e tão pura que rodeava aquele ser meio humano, meio imortal?
Começei a querê-lo mais do que pensava, mais do que seria possível querer... Instalou-se na minha vida tão discretamente, qual gato que deambula pela noite urbana, qual cisne que se une a um bando de iguais, como se pertencesse ali desde sempre.
Pergunto-me se serei digna de merecer tanta atenção por parte deste anjo, quando afinal sou uma mera mortal no meu confuso mundo, vendo cada dia nascer, cada noite a aparecer, e perguntando qual o sentido da vida..
E ele responde-me, todos os dias, não só com palavras, mas também com cada beijo, cada abraço e cada olhar que me proporciona.
E aí percebo que o sentido da vida é ele; estar com ele todos os dias, para sempre.
DL (17/11/09)