O meu mar azul perdeu-se no meio de chamas; a minha calma perdeu-se no meio de uma fúria; o meu simples dia perdeu-se no meio de uma tempestade; o meu ser perdeu-se no meio de tantos outros...
Sinto, este frio,esta amargura que em duras gotas se tranformam;
Cheiro, o queimado das chamas que envolvem o meu mar;
Saboreio, o doce caramelo envenenado pela fúria;
Vejo, o meu mundo a ser engolido por tal revolta;
Oiço, o estranho vento cortante que corre lá fora;
Fecho os olhos e esqueço o que vejo, tapo os ouvidos e esqueço o que ouço, encerro a minha gula e impeço-me a mim própria de saborear o paladar inimigo, tranco o meu tacto para não mais sentir dor,e cheiro algo a que não seja derrota.
Escondo os meus sentidos e parto para outro mundo onde sei que vou tocar,sentir,ouvir, saborear e cheirar algo que seja simplesmente harmonioso